José Maria dos Reis Pereira, mais conhecido por nós como José
Régio, nasceu a 17 de setembro de 1901 numa casa na atual Rua José Régio em Vila
do Conde. E faleceu a 22 de dezembro de 1969, numa casa que a sua tia lhe tinha
deixado, que ficava mesmo ao lado da casa onde nasceu. Licenciou-se em
Filologia Romântica em Coimbra no ano de 1925 com a tese “As Correntes e As Individualidades na Moderna
Poesia Portuguesa”, onde valorizava poetas como Fernando Pessoa e Mário Sá
Carneiro.
Ao contrário do que se possa pensar, José Régio não viveu
sempre na terra que o viu nascer e onde acabou por falecer, Régio viveu grande
parte da sua vida em Portalegre. Mudou-se para lá ainda jovem e por lá acabou
por ficar até ao regresso à sua terra natal, por volta de 1967.
Régio
terá sido dos escritores portugueses que melhor dominou as mais diversas áreas
da escrita, era poeta, dramaturgo, romancista, novelista, contista, ensaísta,
cronista, jornalista, crítico, autor de diários, memorialista, epistológrafo
(texto em forma de carta) e historiador da literatura. Como se diz hoje, era o
homem dos mil e um ofícios. Mas não se ficava pela escrita, Régio era um grande
colecionador de arte sacra e popular
Foi
também fundador da Revista Literária
Presença e terá sido dos escritores portugueses que mais marcou a
literatura portuguesa, mas dedicou-se essencialmente ao ensaio, à poesia, ao
texto dramático e à prosa. Recebeu o prémio Diário de Notícias (1966) e o
Prémio Nacional da Poesia (1970).
A
casa que pertenceu ao escritor, foi adquirida pela Câmara de Vila do Conde e
transformada na Casa Museu José Régio, lá é possível admirar os objetos de
coleção adquirida ao longo da sua vida e conhecer os aposentos com maior
destaque da casa, o escritório, o quarto, a sala de jantar, a casa da Alminhas
e o jardim. Também em Portalegre Régio foi homenageado, com o Museu José Régio.
O espaço é idêntico ao de Vila do Conde, é a casa onde o escritor viveu desde
que chegou a Portalegre, no início arrendou um quarto e mais tarde adquiri-o a
casa na sua totalidade.
Obras de José Régio:
Fado, em 1941 (Poesia)
O Príncipe com Orelhas de Burro, em 1942 (Ficção).
Críticos e Criticados, em 1936 (Ensaio, Crítica, História da Literatura).
El-Rei Sebastião, em 1948 (Teatro).
Confissão dum Homem Religioso, em 1971 (Memórias e Diário).
Correspondência, em 1994 (Correspondência).A casa e atual museu de José Régio em Vila do Conde |
Poema na Igraja da Nª Srª da Guia em Vila do Conde |
Estátua na Praça José Régio em Vila do Conde |
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